Droga, droga, droga. Mil vezes droga !
Será que alguém pode explicar como uma pessoa pode ser tão suscetível à outra ?
Eu estava pronta para dizer 'Não, Kurt. Eu não vou.'. Por mais que a minha curiosidade me matasse, eu deveria dizer isso. Eu tinha que dizer.
Mas não, foi só ele olhar para mim com aquele sorrisinho torto que eu me entreguei. E de bandeja. E por causa disso eu estou no shopping da cidade a mais de duas horas procurando um vestido no mínimo perfeito para mim. Não aguentava mais procurar, andar e ouvir as meninas reclamando, mas nada ali me agradava. Era tudo muito igual, muito comum, muito previsível.
- Ah, eu não vou mais. Pronto. - falei em um momento de estresse.
- Para de birra, Bia. Vamos entrar aqui. - Paula falou.
- Que tipo de loja é essa ? - Flora perguntou desconfiada.
- Sei lá, foi a primeira que eu vi. - Paula deu de ombros.
- Bia, mede esse. – minha prima jogou um vestido na minha direção e segundos depois, eu me vi trocando de roupa. Ok, só a Ana mesmo para achar que eu vou usar esse vestido... Perfeito.
- AH, ADOREI ESSE VESTIDO. - berrei animada, enquanto as três entravam no provador para me ver.
- Aleluia. - Paula caçoou, levantando as mãos para o céu.
- Ficou lindo. Desse jeito o Kurt não vai resistir. - Flora disse me cutucando.
- Que isso, hein gatinha. Se eu fosse homem, te pegava. - todas nós rimos do comentário desnecessário da Ana Juli.
As meninas discutiam sobre a tal surpresa do Kurt, enquanto eu me trocava. Eu já não aguentava mais dizer que eu não tinha a mínima ideia sobre o que podia ser, eu estava no escuro assim como elas. Mas devo confessar que o meu coração acelerava só de pensar nisso, eu não conseguia esconder minha ansiedade e ela ficava ainda mais vísivel quando eu ligava para o Kurt só para falar 'E aí ? você não vai me contar mesmo não ?'.
- Bia ? Você ouviu o que a gente falou ? - Paula perguntou.
- Claro. – menti
- Então o que foi ?
- Você perguntou se eu ouvi o que você falou. – falei como se fosse óbvio.
- Antes disso, demente.
- Não. - falei sincera.
- Para variar um pouquinho... Enfim, ainda falta comprar o terno, seja lá como chamam, do seu irmão.
- Paula toda preocupadinha com o Luc. - Ana falou
- Para variar um pouquinho. - eu imitei a voz da Paula. Ok, admito que não sou boa nisso - Ele gosta de usar os da Dior.
- Vamos voltar na loja da Dior ? Não acredito, Bia. Por que você não comprou isso quando a gente estava lá ? - Paula despejou.
- Cala a boca e anda, Smith. - nós três falamos juntas. Ela soltou um murmúrio de reclamação, mas ainda assim fez o que a gente falou.
Encontrar a roupa para o meu irmão foi mais fácil do que eu imaginei. Na verdade, eu escolhi a primeira que vi, mas ninguém precisa saber disso certo ? O Luc fica bem em qualquer trapo de pano, às vezes dá inveja. Sério. Eu já perdi a conta de quantas roupas eu vesti e que ficaram horríveis em mim, mas com ele isso nunca acontece. Coisa chata, né ?
Depois de comprar as coisas que faltavam, nós fomos para o Star Fashion Hairdresser. Eu sei, muito original esse nome, mas o que importava era o atendimento e esse era muito bom. O melhor da cidade sem dúvidas. Decidi deixar meu cabelo solto, ondulado e com a franja de lado; dei uma repicada baixa nas pontas e cortei a franja que já estava grandinha. Eu e a Paula fazíamos as unhas, enquanto a Ana e a Flora estavam sendo maquiadas.
Resolvi que esse era o momento certo para contar da decisão do meu irmão.
- Paula ?
- Sim ? - ela desviou os olhos da Rolling Stones e me encarou.
- Eu conversei com meu irmão.
- Sobre o quê ?
- Sobre a sua permanência lá em casa.
- Por que você ainda insiste nisso, fofinha ? Ele já falou que não me quer lá. Fim de papo. - ela murmurou tristonha.
- E se eu disser que ele mudou de ideia ?
- Sério ?
- Quer dizer... Ele não mudou de ideia, assim do nada. - tentei justificar - Ele só te deu uma chance para você provar que pode mudar.
- Mudar quem eu sou ? - ela perguntou ríspida.
- Não, mudar essa sua mania de bêbada. Sabia que as pessoas funcionam sem álcool, Smith ?
- Até conhecer você, não. - ela riu.
- Engraçadinha você.
- Também te amo fofinha. - ela me mandou um beijo - Então, isso significa que eu vou ter que me comportar a partir de hoje.
- Sim. - ficamos em silêncio e segundos depois eu falei - Paula, não faz meu irmão se arrepender de ter te dado essa chance e nem eu de ter pedido, tá ?
- Eu não vou te desapontar, Bia. Nem você, nem o Luc. - ela suspirou.
Nós saímos do salão um pouco além de oito horas, só faltava tomar um banho, nos vestir e ir para o colégio.
O baile estava marcado para 21:30, isso significava atraso na certa.
-- Fala, gordinha. - a voz sonolenta do meu irmão atendeu ao telefone.
- Por favor me diz que você não estava dormindo, que já tomou seu banho e está prontinho esperando eu chegar. - não deixei ele responder - Tanto faz, estou chegando em cinco minutos. Esteja quase pronto.
Agora sim eu estava começando a entrar em pane. O meu nervosismo e a minha curiosidade me consumiam a cada segundo mais e mais, eu queria poder ver o Kurt, falar com o Joey e abraçar o Thiago para tentar me acalmar, mas a essa hora eles já deveriam estar no colégio.
Nós quatro chegamos em casa rapidamente e cada uma foi para o seu quarto. Dei de cara com um Luc de toalha e com os cabelos pingando saindo do meu banheiro. Revirei meus olhos e joguei sua roupa em minha cama.
- Dior ?
- Aham. - murmurei, enquanto entrava no banho.
Fiz o meu melhor para tomar um banho decente e não estragar meu cabelo (o que foi muito difícil, só pra constar). Coloquei meu vestido azul, passei uma sombra prata, gloss incolor, blush fraquinho só pra dar uma coradinha e caprichei no rímel.
- Bia, me presta uma sandália ? - Ana pediu, enquanto entrava no quarto com seu vestido tomara que caia vermelho da Chanel.
- Escolhe aí, mas primeiro me ajuda aqui. Louboutin preto, Miu Miu azul ou Brian Atwood prata ? - pedi em dúvida, amostrando todas as opções.
- Brian prata, porque eu vou querer o Louboutin preto. - ela disse rindo.
Eu estava a tira com pedrinhas bordadas da minha sandália de salto 10, quando ouvi a Paula berrar o meu nome e da Ana lá em baixo. Ela estava impaciente. Nós duas descemos a escada lentamente (e de propósito), fazendo a Flora bufar.
Luc estava impossivelmente maravilhoso com a roupa que eu havia escolhido para ele e segurava uma caixinha transparente com uma flor branca dentro.
- Que fique bem claro que eu só vou te deixar sair com esse vestido, porque eu estarei no mesmo lugar que você, ok ? - ele disse após prender colocar a flor em meu pulso.
- É muito ruim chegar ao baile tendo seu irmão como par ? - perguntei em um falso desespero.
- Não quando se tem um irmão como o Luc. - Emma falou e olhou maliciosamente para ele. De brincadeira claro. Espero eu, afinal ela tem o Joey...
Entreguei a chave, depois de muito evitar, do meu bebê rosa para a Paula. Nenhuma delas quis ir comigo e com Luc, dizendo que seria melhor os irmãos fazer uma entrada triunfal sozinhos. Mas eu continuo achando que era só desculpa para a Flora poder chegar em um carro que combina com o seu vestido.
O caminho até o colégio foi rápido, para a minha infelicidade o baile aconteceria no ginásio, a primeira coisa que vimos quando chegamos à porta do ginásio foi uma faixa vermelha imensa, escrita em letras brancas e garrafais EARLY'S PROM.
Segurei forte na mão do Luc, enquanto ele abria a porta dupla e senti meu coração acelerar.
No segundo em que botamos nossos pés no ginásio todo mundo olhou para gente e começou a cochichar. Eu ouvia elogios e desaforos sem nem prestar atenção, tudo que me interessava era um certo alguém que estava cantando no meio do ginásio com um sorriso estonteante e olhando em minha direção.
Nossa, ele estava lindo.
Nossa, ele era meu.
Quer dizer, ele voltaria a ser meu.
Eu e meu irmão começamos a andar em direção ao palco, as meninas estavam ali perto. Dei o maior e mais sincero sorriso que pude na direção dos meninos (especialmente do Kurt) e me sentei ao lado da Ana.
- Vocês não sabem o que aconteceu. - Ana começou a falar toda animada.
- O quê ? - meu irmão perguntou.
- Adivinha.
- Ana Juli... - falei no meu melhor tom de 'conta logo'.
- O Thiago me pediu em namoro. Isso não é tudo ?
- Ah, que lindo amiga ! - falei sincera - Parabéns, agora eu só preciso me segurar para não matar o Thiago por ele não ter me contado isso antes.
- Tenta fazer algo contra o meu namorado - ela frisou essa palavra - e considere-se uma pessoa morta.
- Estou morrendo de medo de você. - encerrei a conversa.
Meu irmão passou os quarenta e sete minutos que sucederam nossa chegada secando algumas (muitas) meninas e falando o quanto os Harcourt eram bons músicos. Antes de deixá-lo sair da mesa para encontrar sua próxima 'vítima', fiz questão de deixar claro que ele poderia pegar qualquer menina ali, mas nunca jamais em tempo algum a Veh.
De repente, Thiago começou a falar com o Kurt olhando na minha direção.
- Bom, Kurt. Acho que agora você já pode começar né ? - ele balançou a cabeça e começou a falar.
- Há vários dias atrás, eu cometi um erro. Mesmo tendo a intenção certa eu fiz uma coisa errada que resultou no fim do meu relacionamento com a Bia Almeida. Eu sei que muitos de vocês dariam a vida para saber o que aconteceu, mas eu não vou falar. – ele soltou uma risada fraca e um tanto quanto debochada – Uma das vantagens de ser um cantor é que você pode pegar tudo o que sente e dizer em uma canção coisas que você não consegue expressar cara a cara à pessoa que você ama. Eu fiz essa música para você, Bia. – ele olhou para mim, sorrindo. Sorri de volta, sem nem perceber – E eu espero que você entenda o efeito que causa em mim.
If the heart is always searching
(Se o coração está sempre procurando)
Can you ever find a home ?
(Será que você consegue encontrar um lar ?)
I've been looking for that someone
(Eu tenho procurado por esse alguém)
I never make it on my own
(Nunca conseguirei sozinho)
Uma melodia agradável começou a sair do piano que Thiago tocava. Meu coração disparava a cada verso que eu ouvia. Eu não conseguia tirar os olhos do Kurt, eu não queria. Ele cantava olhando para mim.
Dreams can't take the place of loving you
(Os sonhos não podem tomar o lugar do meu amor por você)
There's gotta be a million reasons why it's true
(Há mais de mil razoes da qual isso é verdade)
Todos naquele ginásio estavam prestando atenção em nós dois, eu poderia sentir os olhares da Veh em minhas costas, conseguia ver os sorrisos nos rostos das meninas e os murmúrios de raiva das outras garotas do colégio, sem nem estar procurando por qualquer coisa dessas.
When you look me in the eyes
(Quando você me olha nos olhos)
And tell me that you love me
(E diz que me ama)
Everything's all right
(Tudo fica bem)
When you're right here by my side
(Quando você está aqui do meu lado)
When you look me in the eyes
(Quando você me olha nos olhos)
I catch a glimpse of heaven
(Vejo um pedaço do céu)
I find my paradise
(Eu encontro o meu paraíso)
When you look me in the eyes
(Quando você me olha nos olhos)
As lágrimas aos poucos começavam a se acumular nos cantos dos meus olhos. Mas ao contrário das outras, que me faziam companhia desde o dia em que a gente terminou, essas lágrimas eram de felicidade.
Eu acreditava nessas palavras, porque era assim que eu me sentia. Exatamente desse jeito.
Suspirei, ao sentir a primeira lágrima cair sendo seguida de várias outras.
How long will I be waiting
(Quanto tempo vou esperar)
To be with you again ?
(Para ficar com você de novo ?)
I'm gonna tell you that I love you
(Direi que te amo)
In the best way that I can
(Da melhor maneira que eu puder)
I can't take a day without you here
(Não agüento um dia sem sua companhia)
You're the light that make my darkness disappear
(Você é a luz que faz minha escuridão desaparecer)
Entrelacei meus dedos nos dele e fiquei de costas, fazendo com que ele me abraçasse. Dormi, enquanto ele sussurrava uma música que eu ainda não conhecia. Adormeci com um dos versos ecoando em minha cabeça.
"You're the light that makes my darkness disappear"
Um sorriso apareceu em meu rosto, ao lembrar desse dia.
Então quer dizer que a surpresa já não era tão surpresa assim. Certo ?
When you look me in the eyes
(Quando você me olha nos olhos)
And tell me that you love me
(E diz que me ama)
Everything's all right
(Tudo fica bem)
When you're right here by my side
(Quando você está bem aqui do meu lado)
When you look me in the eyes
(Quando você me olha nos olhos)
I catch a glimpse of heaven
(Eu tenho uma visão do céu)
I find my paradise
(Eu encontro o meu paraíso)
When you look me in the eyes
(Quando você me olha nos olhos)
Move and more, I start to realize
(Cada vez mais, começo a perceber)
I can reach my tomorrow
(Que posso alcançar o meu amanhã)
I can hold my head up high
(Consigo manter a minha cabeça erguida)
And it's all because you're by my side
(E tudo porque você está ao meu lado)
As pessoas, que estavam entre o palco e eu, começaram a abrir caminho quando o Kurt desceu do palco.
Ele andava cantando em minha direção e eu sentia meu coração quase saindo pela boca.
A música ficou um pouquinho mais calma e ele segurou meu rosto com a outra mão que não estava ocupada.
Um sorriso insistiu em se formar em meu rosto e não saiu dali tão cedo.
When you look me in the eyes
(Quando você me olha nos olhos)
And tell me that you love me
(E diz que me ama)
Everything's all right
(Tudo fica bem)
When you're right here by my side
(Quando você está bem aqui do meu lado)
When I hold you in my arms
(Quando eu te abraço em meus braços)
I know that is forever
(Eu sei que isso é para sempre)
I just gotta let you know
(Eu apenas quero que você saiba)
And never wanna let you go
(Que eu nunca quero te ver partir)
Thiago continuou cantando a música sozinho, enquanto nós dois nos encarávamos.
Com o coração dando voltas e voltas, com as tão faladas borboletas no estômago.
Sorrindo.
'Cause when you look me in the eyes (because)
(Porque quando você olha nos meus olhos [porque])
And tell me that you love me
(E diz que me ama)
Everything's all right, (all right)
(Tudo fica bem [tudo bem])
You're right here by my side (by my side)
(Você está bem do meu lado [do meu lado])
When you look me in the eyes
(Quando você olha nos meus olhos)
I catch a glimpse of heaven
(Eu tenho a visão do céu)
Oh, I find my paradise
(Oh, eu acho meu paraíso)
When you look me in the eyes
(Quando você olha nos meus olhos)
Oh yeah, oh yeah, oh yeah
A música acabou e o ginásio todo permaneceu em silêncio, esperando a minha reação. Eu olhava abobada para ele, com as lágrimas insistentes, sem saber o que dizer.
- Deus te criou milimetricamente com aquilo que me falta e colocou em mim as coisas que, por ventura, você não tem. É como um encaixe. Ele fez tudo com tanta perfeição, com tanto cuidado, que tá aí o resultado: eu sou metade de mim sem você. - ele falava no microfone para todo mundo ouvir - Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto.
- Kurt Harcourt, eu amo você. Não importa o que você faça ou diga, parece ter algo que sempre me puxa para você. De novo e de novo. - suspirei e continuei a falar olhando em seus olhos - E quando eu não estou com você, eu sei que é verdade que eu prefiro estar em qualquer lugar, menos aqui sem você.
E qualquer coisa que eu poderia dizer a seguir fugiu da minha mente no momento em que seus lábios tocaram os meus.
Ele largou o microfone em qualquer lugar e colocou suas mãos em minha cintura, me puxando para mais perto de seu corpo.
Oh, céus como eu senti falta disso. De seu gosto, do seu tato, de sua boca.
Sua boca procurava urgentemente pela minha, quando nossas língua se encontraram foi perfeito. Nossas línguas faziam movimentos aleatórios, nosso beijo parecia mais íntimo do que antes. Suas mãos apertaram minha cintura no mesmo momento em que ele sugou meu lábio inferior dando fim ao beijo.
Eu o encarei e o vi sorrindo. Seus olhos me encaravam mais brilhantes do que um céu coberto de estrelas, eu vi carinho e felicidade sincera em seus traços. Levei minhas mãos até seu rosto e o segurei delicadamente. Retribui seu sorriso e aproximei meus lábios dos dele, beijando-o de novo, suavemente dessa vez.
Kurt segurou minha mão e foi me puxando até a entrada do colégio, aonde tinha alguns banquinhos brancos. Saímos do ginásio em meio a gritos, suspiros e murmúrios.
- Você está linda, namorada. - ele falou todo bobo.
- Obrigada, você não está nada mal. - falei pomposa - Quem disse que eu sou sua namorada ?
- Você não quer voltar comigo ? - ele perguntei surpreso e preocupado.
- Você não pediu. - então ele se ajoelhou na minha frente e segurou uma de minhas mãos.
- Senhorita Almeida futuramente Harcourt, você me daria a honra de voltar ser a minha namorada ? Lembre-se que você estará fazendo um idiota feliz. - ele disse todo cordial.
- Idiota ? Que idiota ? Não estou vendo nenhum idiota por aqui. - falei, enquanto fingia procurar por alguém - A única pessoa que eu vejo, é o homem da minha vida.
- Então isso é um sim ?
- Não precisava nem perguntar, retardado. - eu ri e o puxei pela gola da camisa – Obrigada por não ter desistido de mim.
Agora que estávamos sozinhos, nosso beijo passou a ser ardente e artodoante.
Ele segurou meu cabelo e fez com que eu ficasse na ponta dos pés, enquanto eu coloquei minha mão por baixo de sua blusa e a outra em seu cabelo.
Ficamos assim por um longo período de tempo. Matando a saudade. Sem desgrudar nossas bocas, sem pensar em nada. Só nele, na gente.
Eu não precisava de ar, eu precisava dele.
Para sempre.
Sendo meu.
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